Estamos apoiando a campanha Setembro Amarelo! Todos nós podemos ajudar uma pessoa a evitar cometer o suicídio e valorizar a Vida!
A campanha Setembro Amarelo é de origem brasileira de prevenção ao suicídio, iniciada em 2015. O mês de setembro foi escolhido para a campanha pois, desde 2003, o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. De acordo com dados da Wikipédia, a cor da campanha foi adotada pela inspiração da história de Mike:
“Em 1994, um jovem americano de apenas 17 anos, chamado Mike Emme, tirou a própria vida em seu Mustang 1968 amarelo. Seus amigos e familiares distribuíram no funeral cartões com fitas amarelas e mensagens de apoio para pessoas que estivessem enfrentando o mesmo desespero de Mike, e a mensagem foi se espalhando mundo afora”
Os pais de Mike, Dale Emme e Darlene Emme, iniciaram a campanha de prevenção do suicídio “fita amarela”, ou “yellow ribbon“, em inglês. No Brasil, em 2015 o Setembro Amarelo foi criado pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).
A importância desse tema nos faz refletir como pequenas atitudes do nosso cotidiano podem causar elevados impactos ao outro, sem termos a menor intenção ou consciência disso! A escuta, eliminando os julgamentos e as críticas, já é de grande valia. E a postura empática, de enxergar, cuidar e amenizar a dor do outro, complementam o apoio emocional para quem precisa.
Quase 1 bilhão de pessoas vivem com transtorno mental, 3 milhões de pessoas morrem todos os anos devido ao uso nocivo do álcool, e 01 (UMA) PESSOA MORRE A CADA 40 SEGUNDOS POR SUICÍDIO. Atualmente, com a pandemia da covid-19, os dados tendem a impactar, consideravelmente, no comprometimento da saúde mental.
As motivações e razões podem ser diversas. “Segundo estudo realizado pela Unicamp, 17% dos brasileiros, em algum momento, pensaram seriamente em dar um fim à própria vida e, desses, 4,8% chegaram a elaborar um plano para isso. Em muitos casos, é possível evitar que esses pensamentos suicidas se tornem realidade” (CVV,2020).
Por isso, a primeira medida para a prevenção é a EDUCAÇÃO. Podemos nos informar de diversas formas sobre o assunto. Podemos buscar informações na internet de fontes seguras, com profissionais de saúde especialistas no tema, livros e entidades que lidam com o assunto!
O acesso correto da informação nos faz saber quais as principais causas e as formas de ajudar possíveis suicidas. E, claro, ajudar com responsabilidade, falar de forma adequada e alinhada ao que recomendam as autoridades de saúde, para que o objetivo da prevenção seja realmente eficaz!
Podemos ficar atentos ao isolamento, mudanças marcantes de hábitos, perda de interesse por atividades de que gostava, descuido com a aparência, piora do desempenho na escola ou no trabalho, alterações no sono e no apetite, frases como “preferia estar morto” ou “quero desaparecer” podem indicar necessidade de ajuda. (CVV,2020).
Precisamos eliminar os mitos que existem sob essa temática urgentemente. Embora listamos alguns “sinais” de atenção no parágrafo acima, muitas vezes, a dor de desespero de alguém que está em sofrimento é silenciosa.
Vamos repensar o mito que a nossa cultura inseriu na sociedade. As pessoas agem diferentes umas das outras, não é possível generalizar. Dizeres como “As pessoas, que ameaçam se matar, estão apenas querendo chamar a atenção”, “O suicídio acontece sem aviso”, “O suicídio só acontece com os outros.” ou “Uma pessoa que tentou cometer suicídio uma vez, não voltará a tentar.” podem ser sinais ou manifestações que devemos prestar atenção, cuidar com respeito e ajudar com responsabilidade.
O ato contra a própria vida não caracteriza interrompê-la e sim cessar a dor e o vazio devastador que a assombra.
Podemos indicar as entidades abaixo:
- CVV – Centro de Valorização a Vida – Telefone 188 (ligação gratuita);
- Dependendo do caso, procurar um pronto-socorro ou os CAPS;
- Nos casos de risco iminente de morte, o SAMU deve ser acionado;
- Tratamento psicológico ou psiquiátrico.
Por Flávia Cristina Contato
CRP: 06/76.803
Flávia Cristina Contato é psicóloga e atende na Geremed Ocupacional.